JOGO DE BUZIOS

JOGO DE BÚZIOS (MERINDILOGUN)

Surgimento do Jogo de Buzios

Para sabermos sobre o surgimento do jogo de buzios, temos que conhecer a verdadeira história do surgimento da religião do candomblé (Ixexe Ibile).

Pelos nossos estudos sabemos que a origem da Religião do Candomblé iniciou-se através de um guerreiro de etnia branca conhecido por Odùduwà, que por confrontos bélicos foge de Meca, passa pelo Egito, atravessa o deserto do Saara, passa pelo Sudão e chega à Nigéria e estabelece em Ile Ifé, berço da religião do Candomblé.

Alguns historiadores afirmam ter redescoberto na terra dos yorubás ramificações do desaparecido continente da Atlântida. Segundo eles, os atlantes teriam cruzado o oceano infiltrando-se na África. Outros falam que a origem dos yorubás é no Egito Superior ou na Núbia. Estudos sobre o Kemet – como é conhecido o Egito antigo, vêm corroborar a teoria de ali situar a origem da religião Yoruba.

A partir de então fixa o culto aos orixás conhecido como Ibile e aqui no Brasil denominado Candomblé.

Odùduwà Chegou em Ile Ifé e encontrou a população local, os Igbo, cujo rei era Obatalá. Logo encontrou oposição por parte de Oreluere, ancestral guardião, partidário de Obatalá. Esta oposição política à investida de Odùduwà fez nascer a Sociedade Secreta Ogboni, preservadora da justiça e dos ideais implantados nas primeiras instituições da Terra. Edan firmou um pacto e aqueles que juraram mantê-lo poderiam viver em paz, harmonia, justiça e prosperidade. Após longo tempo de permanência na Terra, Edan retornou ao Orun, delegando à sociedade Ogboni a tarefa de supervisionar e fazer cumprir as leis estabelecidas.

Seja como for, elementos da prática religiosa yorubá comprovam ser uma das primeiras RELIGIÕES praticadas na Terra e teria sido legada pelos ancestrais instrutores espirituais do planeta.

Dentro da tradição yorubá, a estrutura universal é regida por uma Divindade Suprema, Olodumare, origem única e princípio de todos os mundos, que comanda e zela pela sua evolução. Este Ser permeia todos os reinos da manifestação cósmica, desde as maiores galáxias até os ínfimos espaços inter-atômicos. Descrito como aterekaye (aquele que cobre o mundo, fazendo todos sentirem a Sua presença) é o detentor do Poder Absoluto e Onipotente. Este conceito de supremacia absoluta e pràticamente inconcebível de Olodumare, já invalida a classificação da religião do Candomblé como politeísta e temos também as Divindades conhecidas como orixás, cada qual com sua função regendo cada uma das energias do Planeta Terra.

Destacamos ainda que existe um monumento em Ile Ife chamado de Opa Oranian, o grande monólito de 8 metros de altura construído em granito com entalhes egípcios e dizem que ali está enterrado Odùduwà.

E também vem corroborar com nossos estudos a descoberta do machado de Xangô, que arqueólogos atestam ter uma existência há mais de 5.000 anos.

JOGO DE BÚZIOS

Lendas sobre o jogo de buzios

Quanto ao jogo de búzios, existem diversas estórias, onde iremos relatar algumas lendas, mas o que devemos ter consciência que esta arte divinatória esta interligada aos oráculos de Ifá,

Orúnmilá (Ifá) é a divindade do oráculo e veio ao mundo, por determinação de OLODUMARÉ (Olorum) “Deus”, para aconselhar ÒRÌSÀ’NLÁ (Oxalá) na organização da Terra.

Para Oxalá, foi delegada a função da criação da Terra. A Òrúnmilá denominado (ÒRÚ-I-O-MO–A-TI-LA, “Somente ele que está em todas as dimensões e planos, pode nos orientar”) foram delegados assuntos pertinentes ao destino, consciência e sabedoria.

O culto a Ifá está totalmente ligado a forma da “Manifestação divina em forma de palavra”, pois conta um Itan que “Ifá, quando olha com bons olhos para um homem ele se torna uma pessoa prospera em todas as direções”

Os ensinamentos são passados oralmente e os oráculos do culto de Ifá dispõem de diversos instrumentos ritualísticos usados na adivinhação, onde destacamos principalmente OPON-ÌFÁ(campo sagrado), ÌROKE-IFÁ (Bastão de madeira ou marfim), IKÍN IFÁ( coquinho de dendê) e Opele IFÁ (corrente mística que une o Òrún (Céu)  ao Wayè (Terra).

Merindilogun ou Merindelogun – vem da palavra Erindinlogun e a tradução é dezesseis a interpretação das caídas dos búzios por odù e (cada odù indica diversas passagens) de acordo com a mitologia yorubá, os Odu são determinados conforme a quantidade de búzios abertos e fechados resultante de cada jogada, esse odù deve ser interpretado, transmitindo-se ao consulente tanto o significado da caída, quanto o que deve ser feito para solucionar o problema.

Em 1830 em Salvador, Bahia, eram raros os que tinham a função do jogo de búzios por odu, que era consultado apenas para os desígnios do plano divino, diferente do tempo atual que é procurado para resolução de vários tipos de problemas inerentes aos conflitos existenciais, e que encanta não só ao povo do santo.

O jogo de búzios instituído no Brasil contribuiu para a organização do candomblé, sofrendo transformação para ser utilizado pelas mulheres e no futuro, por todos os dirigentes de candomblés que vieram a ser formados. Esta nova modalidade foi feita por Ìya Nàsò e Bàbá Asikan que depois de libertos da escravidão, viajaram para a África e voltaram depois de sete anos. Esta simplificação tornou-se menos complexa, promovendo uma mudança radical de status religiosos.

Na Nigéria, o jogo de búzios recebe o nome de Merindilogún, ou seja, o “JOGO DOS DEZESSEIS”. O processo do jogo de búzios consiste no seguinte: Os búzios são lançados sobre uma toalha ou peneira conforme a nação daquele Babalorixá ou Yalorixá que está jogando. A posição em que os búzios caem é que dará as indicações necessárias solicitadas pelos consulentes. Portanto, cabe ao Babalorixá ou Yalorixá interpretar as caídas e passar para os consulentes as mensagens do jogo.

O intermediário do Merindilogún, ou seja, desta forma de jogo, não é Ifá; e sim, Exu. Ifá tem a sua modalidade particular de jogo. Diz uma lenda que apenas Exu tinha o dom da adivinhação. Mas, a pedido de Orunmilá, Exu transmitiu seus conhecimentos a Ifá e em troca Exu recebeu o privilégio de receber sempre em primeiro lugar as oferendas e sacrifícios antes de qualquer outro orixá.

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Oxum e Ifá o segredo do jogo de buzios

Diz ainda que Oxum era a companheira de Ifá e os homens lhe pediam constantemente que respondesse às suas perguntas. Oxum contou o caso a Orunmilá que concordou que ela fizesse a adivinhação com a ajuda de 16 (dezesseis) búzios. Porém, as respostas seriam indicadas por Exu, portanto esta Divindade voltou à antiga função, ou seja, a de responder às perguntas de Oxum.

Depois disso, por espírito de vingança, Exu passou a atormentar com mais raiva os filhos de Oxum.

Na verdade, o jogo de búzios é o instrumento de maior consulta do Babalorixá ou Yalorixá, pois é através deste oráculo que consultas as Divindades e interpreta a caída do Odu, posteriormente sua tomada de decisões ajuda a orientar diversas situações dentro da casa do orixá.

Devemos observar que a palavra Odu, deve ser pronunciada sempre no singular e que todo Babalorixá ou Yalorixá, deveria consultar um Babalawo, mas no Brasil é freqüente que acumulem ambos os cargos.

Na Nigéria os Babalawos são hierarquicamente superiores aos Babalorixas, bem como os Ogans e Ekedis, estão em posições diferentes na hierarquia que usualmente acontece nas casas de Candomblé no Brasil.

DIVINDADE (ORIXÁ) OXUM – OXUM – OSUN

Oxum é a divindade das águas doces, do ouro, da fecundidade, do jogo de búzios e do amor, uma orixá que pode ser incorporada por homens e mulheres, este orixá apresenta muitas facetas, desde uma jovem mulher, passando por um a mulher guerreira e até a mais poderosa das bruxas, as filhas de Oxum NÃO DEVEM NUNCA BRIGAR, DEVEM SIM USAR SUA BELEZA E SEUS ENCANTOS PARA CONSEGUIREM E CONQUISTAREM TUDO QUE QUEREM EM SUAS VIDAS. Sua veste tem preferencialmente as cores amarelo e dourado, usando como ornamento tudo que reluz, sua dança Ijexa portando em uma das mãos seu Abebê torna esplendorosa e encantadora, é uma Divindade das mais cultuadas no Brasil e seu culto prevalece fortemente em Osogbo na Nigéria, o dia reservado as oferendas é sábado e sua saudação é Ora YeYê Ô Oxum!

LENDA DE OXUM

Oxum muito encantadora e inteligente queria ter o poder e  o segredo de prever o futuro e usar um instrumento como o  jogo de búzios que pertencia a Exu, mas esta divindade não queria passar seus conhecimentos com medo de perder parte de seu poder.

Portanto Oxum vai ao encontro de YAMI OXORONGÁ, que perguntam a Oxum o que faz ali e esta revela que pretende fazer um feitiço e pede ajuda para enganar  Exu e conseguir o segredo do jogo de búzios.

As feiticeiras há muito tempo querendo dar uma lição em Exu, ensinaram uma infinidade de magias a Oxum, mas exigiram que Oxum reserva-se parte da oferenda a cada feitiço realizado e Oxum concordou.

Oxum vai ao encontro de Exu, esta divindade inteligente e desconfiada perguntou o que Oxum queria, mas que ela deveria ir embora, pois ele não faria nada por ela, então Oxum com seu poder de sedução desafia Exu a descobrir o que tem entre os dedos. Exu se abaixa para ver melhor e ela sopra sobre seus olhos um pó mágico que ao cair nos olhos de Exu o cega.

Exu gritava de dor e perguntava para Oxum:

Eu não enxergo nada, cadê meus búzios?
Oxum fingindo preocupação, respondia:
Búzios? Quantos são eles?
Dezesseis, respondeu Exu, esfregando os olhos.
Ah! Achei um, é grande!
É Okanran, me dê ele.

Achei outro!

Sim é oyeku, me de ele

Achei outro!

Sim é Ogunda

Achei outro, é menorzinho!
É Eta-Ogundá, passa pra cá…

E assim foi até que ela soube todos os segredos do jogo de búzios.

Ifá a divindade da adivinhação, pela coragem e inteligência de Oxum, interessou-se por Oxum e resolveu fazer dela sua esposa, consultou seu Ikin-Ifa e saiu o Odu Ogbe-Ose e determinou que Ifa deveria dar o poder do jogo a Oxum, pois esta demonstrou grande esperteza, porém deixou que Exu responde-se através dos 16 búzios a Oxum e potencializou o poder de Exu dando ainda muita rapidez onde responderia com precisão através de 4 búzios, pois Exu esta em todos os lugares ao mesmo tempo e sabe de tudo.

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Como esposa de Orunmilá – Senhor e Patrono do Oráculo de Ifá – Oxum recebe o título de primeira Apetebí, dado até hoje às sacerdotisas do culto de Orunmilá e às esposas de seus sacerdotes, os babalaôs.

Lenda de Oxum e o jogo de buzios

Uma lenda narra de que forma Oxum, com o auxílio de Exu, roubou o segredo dos 16 signos do Sistema Oracular de Ifá, os 16 Odu-Meji, criando com isto um novo sistema divinatório, o jogo de búzios, proporcionando condições para que as mulheres pudessem proceder à adivinhação, o que anteriormente era exclusividade dos homens. Dentre as figuras do oráculo, destacamos o Odu Ose Meji, através do qual Oxum se comunica com os seres humanos.

Orixá do amor, da prosperidade e da beleza, em sua qualidade Ipondá, é a mãe de Logunedé, orixá menino que compartilha dos seus axés.

Ambos dançam ao som do ritmo ijexá, toque que recebe o nome de sua região de origem, com o abebé nas mãos, um espelho de metal no qual a beleza se reflete. Em Oxum, os fiéis também buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões e na vida financeira, tanto que muitas vezes é chamada de Senhora do Ouro.

Na natureza, o culto a Oxum costuma ser realizado nas cachoeiras e, mais raramente, próximo

O arquétipo de Oxum é o das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. Das mulheres que são símbolos do charme e da beleza. Voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que Oiá. Elas evitam chocar a opinião pública, à qual dão grande importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social.

Oxum teria nascido de uma concha depositada por sua mãe Yemanjá, na margens de um grande rio ao qual empresta o seu nome, Rio Oxum, é nos locais mais profundos deste rio, entre as localidades de Iguedé onde nasce e Leké, onde desemboca numa lagoa, que Oxum é originalmente cultuada, tendo o seu templo principal edificado nesta região, na aldeia de Oxogbo.

No percurso do rio, que corresponde à trajetória do próprio Orixá, Oxum assume diferentes características, todas ligadas à maneira de ser das mulheres, de seu caráter e atitudes, cialis super active de suas qualidades e defeitos.

Temos então, Oxum Kayode, representada pela dança de Oxum, repleta de movimentos que denotam a sensualidade revelada na maneira de andar, de se movimentar e de proceder das mulheres.

Yeye Kare representa o culto à beleza e à vaidade feminina, é descrita como; “O Espírito que se reflete no espelho” motivo pelo qual Oxum está permanentemente se admirando na superfície de um espelho, do qual não se separa nunca.

O gosto pela riqueza, pela opulência e pelo uso de jóias e adornos se revela no caminho de Oxum Bumi, onde a yagbá cobrem-se de pulseiras, brincos e colares de ouro, metal que lhe pertence por direito e ao qual está ligada de todas as formas.

Oxum Sekese representa a aparente fragilidade feminina, artifício usado para obter a proteção dos representantes do sexo masculino.

Oxum Ibukola é a sedutora irresistível e representa o poder de sedução feminino.

O espírito maternal é representado por três diferentes caminhos onde Oxum Fumike proporciona a possibilidade de gerar filhos, Oxum Oxogbô assiste a mulher na hora do parto, desempenhando aí, a função de parteira e Oxum Funke é a mestra, representando a mãe que orienta e ensina aos filhos as primeiras palavras e passos no seu primeiro contacto com o mundo e com a própria vida.

Oxum Miwa, o Espírito das Águas Doces, está de certa forma, ligada ao processo de gestação e dizem que assiste e protege o feto durante todo o período de gravidez, sendo a dona do líquido amniótico.

A inconstância do caráter feminino é representada por Oxum Akura Ibú, que se faz presente nos locais de encontro das águas do rio com as do mar.

A mulher guerreira, batalhadora e belicosa é representada por quatro caminhos de Oxum, nos quais porta sempre uma espada.

Nestes caminhos a Orixá é conhecida como: Oxum Apará, Oxum Oke, Oxum Ipondá e Yeye Iberin, todas consideradas como guerreiras poderosas.

A mulher madura, consciente de sua graça e elegância, revestida de respeito e classe é representada por Oxum Ede.

A partir daí, Oxum assume características relacionadas à mulher envelhecida, cheia de manias e preconceitos, ranzinza e implicante e é então representada por Oxum Ogá.

No último caminho, vamos encontrar Oxum Abotô, considerada velha e decrépita e envolvida em ações misteriosas e obscuras relacionadas, talvez, à prática da feitiçaria. Oxum, então, assume e revela todo o poder feiticeiro da mulher.

Desprovida agora de escrúpulos e do sentimento de piedade, contesta a pseudo superioridade do macho e cria uma sociedade secreta estritamente matriarcal denominada Sociedade Gueledé, onde a face maligna é encoberta por máscaras muitíssimo elaboradas. É Oxum Awe quem se encarrega de organizar esta sociedade onde o homem não tem vez, devendo, tão somente, submeter-se de bom grado às exigências de suas líderes.

Oxum, reunindo em si mesma todas as diferentes manifestações anteriormente descritas, assume para si o absurdo poder de Yámi Ajé – a Mãe Feiticeira – e, investida deste poder, controla a vida e a morte, punindo ou premiando indiscriminadamente, sem senso de justiça e sem julgamento.

Aí, é representada pela grande cabaça Igbadu, símbolo do ventre gerador, encimada pelo pássaro Oxorongá, representação do poder feiticeiro ilimitado que pode enviar aonde bem entender de acordo com sua conveniência. Surpreendentemente, determina que esta cabaça jamais seja vista ou cultuada por mulheres Desta forma, Oxum Ijumú, considerada a rainha de todas as Oxums está ligada ao aspecto de Yamí Ajé, ostentando, por isto, o título de Yalode.

Oxum Ayalá teria sido mulher de Ogun com quem trabalhava na forja, acionando o fole para atiçar as brasas. Conta à lenda que o fole acionado por Oxum Ayalá produzia um som ritmado e muito agradável. Atraído por este som, Egun pôs-se a dançar diante da ferramentaria, atraindo um grande número de assistentes que por ali passavam. Encantados com o bailado de Egun os passantes lhe fizeram muitas oferendas de dinheiro, o que o deixou feliz e vaidoso. Ao saber que Egun estava ganhando dinheiro com sua apresentação, Oxum exigiu que metade da renda obtida fosse dividida com ela,caso contrário, não acionaria mais o fole que produzia o ritmo sem o qual Egun não poderia mais dançar. Sem alternativas, Egun teve que aceitar a exigência da Yagbá passando, a partir de então, a dividir com ela tudo o que ganhava em suas apresentações. Esta Oxum além de sua ligação com Ogun Alagbede tem sérios fundamentos com Egun.

Como vimos, Oxum representa a feminilidade em todos os seus diferentes aspectos. Seu charme e inteligência proporcionaram-lhe a possibilidade de ter sido, por escolha própria, esposa de inúmeros Orixás, com exceção de Obatalá, de quem seria a filha dileta e de Exu, com quem sempre manteve uma relação de amizade fraternal e cumplicidade.

Outra lenda, ressaltando a astúcia de Oxum, narra que Xangô o poderoso Orixá do trovão possuía três esposas, Oyá, Obá e Oxum, sendo que a última era a sua favorita. Ansiosa por receber maiores atenções do marido, Obá pediu que Oxum lhe ensinasse o feitiço que havia feito para conquistar o coração de Xangô.

Ardilosa e maldosamente a bela senhora orientou a concorrente para que cortasse uma de suas orelhas e que a servisse depois de cozida, como alimento ao marido.

Obá, acreditando na sinceridade de Oxum, não hesitou em decepar a própria orelha e com ela preparar um belo prato, de acordo com o gosto de Xangô. Ao deparar-se com o alimento que a mulher lhe servia, Xangô, indignado, e assustado com a aparência aterrorizante, Xangô expulsou Obá do palácio real, terminado assim, com qualquer possibilidade de um dia vir a ser a sua favorita. A partir de então, Obá e Oxum tornaram-se inimigas irreconciliáveis.

A verdade pode ser visualizada em partes e sabemos que ninguém e dono da verdade, nós realizamos este estudo de tradição mais africanizada e respeitamos todos os pontos de vista e manifestações religiosas que podem conduzir a Deus.

Que nosso “Orí” (Eu interior) é o nosso guia supremo que nos conduz a realização de nosso “Ipin” (destino pessoal na encarnação em que vivemos) com conhecimento pleno do conceito de certo e errado, não necessitando de decálogos ou orientações para definição dos objetivos.

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